Feitos
Li: Kaspar Hauser, numa tradução péssima e edição idem. Achava que a Topbooks seria uma boa e séria editora, mas esse cartão de visitas foi decepcionante. Certo, a capa é bonita, o título do livro é o máximo, mas nada mais. Deu-me a impressão de que seria ruim mesmo se tradução e edição fossem boas. Como ando muito bonzinho ultimamente, dei um zero.
Li: O destino bate à sua porta, de James M. Cain. Kaspar Hauser estava tão ruim que ontem resolvi dar um tempo e ler esse noir fininho e recém-adquirido. É o noir americano clássico, como a orelha espertamente reconhece para logo depois afirmar que esse é bom porque é o primeiro. Gosta-se de Shakespeare quando ele escreve que life is but a play pelo mesmo motivo, então eles têm um ponto. A orelha também diz que o livro foi influência direta para Camus escrever O estrangeiro, o que é bom. E, o que realmente importa, o livro em si é bom. Rápido, seco, não se perde muito tempo com - com nada, na verdade. Foi bom pra desintoxicar.
Li: Washington Square, de Henry James. Um romance de começo de carreira, tão começo que ainda é ambientado em Nova York. James tem um estilo quase pedante que influenciou um bocado o Ian McEwan e na maior parte do tempo é bem divertido, mas nesse romance achei que a ironia por baixo da circunspecção estava um pouco exagerada, um pouco evidente demais. Tipo o Sérgio Sant'Anna falando sobre Machado de Assis na FLIP do ano passado: "essa ironia de novo?" Mas é bom, muito bom, e no final, quando fica mais sério e a ironia se recolhe um pouco, fica ainda melhor.
Tem mais, mas vou sair agora. Até.
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