Anúncio à nação
Eu, Lucas Herdy Gondim Murtinho, declaro que li e gostei de O código da Vinci, de Dan Brown.
Não, brincadeira. Mas se eu tivesse lido, provavelmente teria gostado. O estilo é ruim: li os dois primeiros capítulos num daqueles folhetinhos promocionais que alguém pôs na minha sacola antes do lançamento do livro, e não gostei nem um pouco - o conto anônimo de As 100 melhores histórias eróticas de todos os tempos, ou coisa que o valha, era muito melhor. Mas a história deve ser envolvente: é uma teoria conspiratória, pombas, e uma que irritou a Igreja Católica. Diversão garantida.
Ser exigente e severo e tal e coisa dá respeitabilidade à opinião, mas às vezes é chato pra burro. E nem digo pros outros, pra quem pode ficar pensando que fulano e beltrano são pentelhos que não gostam de nada: é chato pra fulano e beltrano mesmo. Há filmes, livros e mesmo músicas que podem ser muito agradáveis se uma ou duas chaves de exigências críticas do nosso cérebro forem desligadas. Faço isso um bocado, especialmente no cinema: identifico o que me incomoda nos filmes e deixo de me incomodar, e pronto, ele diverte. Claro que, no momento de dar notas (ou, como nossa prolixa comentadora prefere, adjetivar), as chaves devem estar ligadas de novo. Mas enquanto o filme passa, ser benevolente é bem mais satisfatório.
3 Comments:
Isso me lembra do Monty Python: "what have the romans done for us?".
Lucas,
Sou mais benevolente que esses Xiitas. Tem dias que vc deve ler algo "brainless".
Arthur
Pô lucas, quer ler a versão "decente" do código da vinci leia "o santo graal e a linhagem sagrada" , li esse quando a gente tava no segundo ano, vale a pena.
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